Uma menina chamada Filipa Fernandes, vivia em Santo Tirso e através do convite de uma professora primária, que viu que a Filipa possuía certas qualidades, começou a praticar Ginástica Rítmica aos 7 anos.
Treinava no Ginásio Clube de Santo Tirso e desde júnior fez parte da seleção nacional onde participou de taças do mundo, campeonatos europeus, mundiais e universíadas.
O seu aparelho preferido é fita e as ginastas que mais gosta é Natalia Godunko, Evgenia Kanaeva e Yana Kudryavsteva.
Hoje em dia, com 27 anos vive na Figueira da Foz, tirou o curso em Medicina e trabalha em Montemor-o-Velho. Esta ligada a ginástica como juíz.
- Fizeste parte da seleção nacional desde júnior até sénior, como foi esta experiência?
Foi uma óptima experiência. Enquanto júnior, tudo parecia perfeito, em sénior surgiram algumas dificuldades (lesões e mudanças de treinadora). No entanto, guardo deste período excelentes momentos e amizades que ficaram para a vida. Considero que esta foi uma das melhores fases da minha vida, vivi experiências que só algumas pessoas têm o privilégio de viver. É assim o desporto de alta competição. Participei em vários torneios internacionais e taças do Mundo e em dois Campeonatos do Mundo (2001 e 2003) e um Campeonato da Europa (2002).
- Qual o momento que marcou a tua carreira neste período?
Não consigo definir um só momento. Diria que o título de campeã nacional júnior em 2000, que ano brilhante este! Depois o 1º Campeonato do Mundo em 2001, em Madrid. Deste Campeonato recordo também os excelentes momentos da preparação, juntamente com 3 ginastas que considero das melhores de sempre em Portugal (Liliana Teixeira, Catarina Borges e Laura Lima).
- Embora a maior parte da tua carreira tenha sido como ginasta individual, participaste nas Universíadas em conjuntos. Como foi a experiência de estar numa das maiores competições do mundo em conjuntos?
- Como foi conciliar a rítmica com o curso de medicina, visto que ambas requer tempo e dedicação?
Não considero uma tarefa fácil, é verdade que é um curso muito exigente e que para conciliar estas duas paixões, tive que abdicar de outras coisas.
- Recentemente voltaste aos praticáveis na Taça Portugal para completar a equipa do Ginásio Clube de Santo Tirso, como foi voltar a ginástica após anos?
É uma sensação totalmente diferente, sem pressão, sem medos, apenas usufruir do momento e aproveitar cada segundo daquele minuto e meio. Este convite surgiu, mais uma vez, das treinadoras do GCST e duas das minhas melhores amigas (Marta Moinhos e Miguela Carriço). Decidi aceitar embora sabendo que o tempo para treinar não ia existir e que não seria uma tarefa fácil aos 26 anos. Mas valeu a pena sem dúvida.
- Qual esquema que marcou a tua vida? Porquê?
É uma pergunta difícil. Talvez o esquema de movimentos livres de 1997, ano em que fui Campeã Nacional de Esperanças e o esquema de maças de 2000, ano em que fui campeã Nacional de Juniores.
- Atrás de uma grande ginasta está sempre um grande treinador. Qual foi a treinadora que contribuiu para o teu sucesso?
Não consigo nomear uma treinadora, porque ao longo da minha carreira tive várias treinadoras e penso que todas foram importantes para o meu sucesso. A minha
Considero importante referir que os meus pais foram determinantes para o meu sucesso e apoiaram-me incondicionalmente em todos os momentos, bons e maus. Mas o meu maior fã e o meu maior apoiante neste percurso e em todos os momentos da minha vida é sem dúvida o meu irmão, que partilha esta grande paixão comigo desde sempre
(João Fernandes, irmão da ex-ginasta Filipa Fernandes)
Gostava só de terminar com dois projetos diferentes em que estive envolvida e que acho interessante partilhar convosco. O primeiro foi o grupo Kind of Magic, um grupo de ex-ginastas que participou em vários eventos, deixo-vos um “cheirinho”.